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002 - Chega de mentiras e falsidade

>> sábado, 19 de setembro de 2009


Desde que inaugurei, na manhã de hoje, este humilde mas verdadeiro território virtual que meu telefone e minha caixa de e-mail vivem um congestionamento de telefonemas e mensagens de apoio à minha iniciativa. Entretanto, junto às manifestações de incentivo, também vieram uma série de dúvidas e questionamentos.

Quero aqui agradecer, primeiramente, a todos os amigos e simpatizantes por esta chuva de manifestações favoráveis e, como não poderia deixar de ser, dar algumas respostas às indagações formuladas.

Quero cientizar a todos que a idéia inicial era simplesmente a de narrar, com destreza e riqueza de detalhes, toda a minha tragetória na capital, desde que deixei a minha cidade de Esperantina para ingressar nos quadros funcionais da EMGERPI. Traçar uma espécie de diário de memórias, onde pretendo (como de fato o farei em definitivo) efetivar aqui o registro de tudo o que aconteceu durante os treze meses e quatro dias em que servi ao Governo do Estado do Piauí junto a EMGERPI. E o mais importante, escrever, documentar e associar às minhas narrativas testemunhos de ex-colegas, sobre as reais motivações que me levaram a denunciar todo o milionário esquema de corrupção que movimentou a empresa desde sua criação. Esta era, portanto, minha única intenção.

Entretanto, acatando as sugestões de amigos e familiares, a quem agradeço ao apoio incessante e irrestrito, espero ampliar ainda mais o projeto embrionário, oferecendo este blog a todos aqueles, que como eu, acreditam na força das leis, na seriedade das instituições quando devida e legalmente provocadas, na legitimidade da denúncia documentada. Quero oferecer guarita a outros piauienses que como eu sigam em frente sem se curvar às pressões de governantes e gestores públicos que nos envergonham.

O Piauí precisa urgentemente respirar honestidade, dignidade e respeito pelo seu próprio povo. Não é pelo fato de ser petista que vou ocupar tribunas livres como a deste blog para maquiar o óbvio, empalidecer o rubor e defender o indefensável. Chega de humilhação, chega de esperteza, chega de mentira, chega de falsidade!

6 comentários:

Anônimo 20 de setembro de 2009 às 12:41  

Sou estudante de Comunicação e fiz um trabalho no semestre passado sobre esse tema do escândalo na Engerpi. Mas tem uma coisa que me deixa com a pulga atrás da orelha, algumas perguntas que gostaria, se possível, que você me respondense. São elas: 1 - Poque tentam ligar você com o ex prefeito Felipe Santólia? 2 - O que isso tem a ver com suas denúncias? 3 - Se você tivesse qualquer tipo de amizade com o Santólia no que isso desqualificaria suas denúncias? 4 - No que você acha realmente que vai dar tudo isso? Obrigada pela sua atenção. Seu blog está um sucesso, de muito bom gosto. Amanhã estarei fazendo a maior divulgação dele na faculdade. Acho que tem muita gente que ainda não sabe dessa "novidade"!!! Beijinhos e se cuida menino, que essa turma é da pesada! (Ana Letícia).

Jaylles Fenelon 20 de setembro de 2009 às 13:52  

ANA LETÍCIA. Que legal termos uma estudante de Comunicação por aqui. Isso é oportuno e importante, já que muito do que iremos ainda tratar discute, de certa forma, o comportamento da mídia no Piauí. Vocês, acadêmicos da área, representam uma esperança da sociedade que foca em um futuro onde haja mais liberdade de expressão e menos alienação dos meios. Quanto às suas perguntas, respondo-as com prazer e sem nenhum problema. Até as julgo bastante cabíveis. Vou enumerar respostas de acordo com a numeração de seus questionamentos. (CONTINUA).

Jaylles Fenelon 20 de setembro de 2009 às 13:52  

ANA LETÍCIA. 1 – Esta tentativa de ligação da minha pessoa com o ex-prefeito aconteceu no primeiro momento em que minhas denúncias foram levadas a público. Primeiro porque em seu blog (o Santolia também tem um), ainda quando eu trabalhava na EMGERPI, foram publicados por ele alguns documentos internos da empresa e, por eu ser de Esperantina, a Dra. Lucile Moura (que presidia a EMGERPI) começou a desconfiar de mim. Mas eu nem sequer conhecia o Santolia pessoalmente. Ele era prefeito da minha cidade, é lógico que já o tinha visto algumas vezes em lugares públicos, mas nunca havia sequer falado com ele. Minha família em Esperantina sempre foi opositora do grupo dele. E havia também (como ainda há) muitas outras pessoas que trabalham na EMGERPI que são de Esperantina. Pessoas indicadas pelo deputado estadual Themístocles Filho (PMDB), pelo atual prefeito Chico Antonio (PT) e outras lideranças da cidade. Hoje eu sei quem repassava os documentos internos para o Santolia, mas não cabe a mim revelar a identidade da pessoa, até porque ela ainda trabalha na EMGERPI e, como eu, não concorda com toda a corrupção que desviou milhões de reais daquele órgão, enriquecendo criminosamente a ex-presidente Lucile Moura e outros figurões do Governo do Estado. Mas sou bastante homem e honesto para afirmar que hoje conheço o ex-prefeito Santolia. Logo após as denúncias ganharem a mídia, recebi um telefonema dele prestando solidariedade aos meus atos e também pedindo para que eu disponibilizasse para ele cópias dos documentos que possuía. Disse a ele que não tinha absolutamente nada contra ele e que os documentos estavam disponíveis para ele ou para qualquer outra pessoa no estado do Piauí que assim desejasse. Esta é a verdade dos fatos, nada mais do que a verdade. Já em um segundo momento, membros do governo (todos eles beneficiados pela corrupção dentro da EMGERPI) começaram a fazer divagações sobre minha ligação com o Santolia, sugerindo inclusive coisas imundas e bastante sórdidas. Fiquei muito triste com tudo aquilo e bastante ofendido em minha honra. Hoje entendo que uma forte facção do meu partido não merece estar nas fileiras do PT, inclusive o nosso presidente. Acusou-me de homossexualismo. Ora quem! Logo ele que estava dias depois empunhando em praça pública a bandeira da diversidade. (CONTINUA).

Jaylles Fenelon 20 de setembro de 2009 às 13:53  

ANA LETÍCIA. 2 – Acho que minha resposta anterior responde este seu segundo questionamento. Nada! 3 – Mesmo que fosse amigo do Santolia, antes das denúncias que fiz ao Procurador da República, o que não é verdade, acho que ainda assim isso não teria nenhum peso nas denúncias que fiz. Denunciei corrupção das grossas, um esquema que lesou o Piauí e nosso povo em milhões de reais em dinheiro vivo. Documentei praticamente tudo o que disse. Isso sim é importante. O resto, é argumento de criminosos que na falta de uma explicação plausível para seus crimes surtaram e ficaram falando asneiras, coisas sem fundamento. Nada a ver com os fatos. O Piauí entendeu isso e os condenou por isso. 4 – Tenho convicção e informações privilegiadas de que tudo o que foi denunciado está sendo devidamente investigado pelos órgãos competentes. Não tenho dúvida de que todos esses crimes estarão, em breve, nos tribunais para julgamento de seus autores. Ainda há muita coisa para acontecer e eu estou preparado para contribuir para que a Justiça seja feita, para que o produto do roubo seja restituído aos cofres públicos e seus autores condenados no rigor da lei. Espero ter saciado seu desejo por esclarecimentos. Continue acompanhando nosso espaço, pois há muito o que ser revelado ainda. Obrigado.

Anônimo 23 de setembro de 2009 às 07:38  

Interessante é que a Cohab (ou melhor, Emgerpi para este governo somente), está servindo agora de distribuição de votos. Os demitidos de lá, vários, senão todos, foram para o DETRAN sob a alegação de que "o Jesus precisa de voto". Ora, o bem público hoje parece que é tratado com desrespeito por um motivo claro: É integrado por pessoas que visam claramente interesse pessoal. É, parece que é como o filme infantil "O Rei Leão" diz: "Há um ciclo sem fim".

Jaylles Fenelon 23 de setembro de 2009 às 08:20  

Com relação ao comentário anterior, cujo autor preferiu o anonimato, concordo em absoluto com suas colocações, embora saiba que ele ainda foi bastante generoso e brando em sua análise do quadro de gestão atual. Posso dizer com propriedade e provas que o quadro é bem mais grave e crônico. Já que a abordagem foi sobre a COHAB, há neste vagão bem mais estrume do que se imagina. Quem não se recorda das reiteradas idas da Dra. Lucile Moura às emissoras de televisão, tentando, por meio de várias “promoções” convencer os mutuários devedores de casas populares a quitar suas dívidas? A resposta por tanto interesse reside no fato da conta corrente destinada a receber esses valores de pessoas pobres ser toda, absolutamente toda ela para pagar despesas pessoais da Dra. Lucile. Ela usava este dinheiro a bel prazer. Compra vaquinhas para seu sítio em Timon, materiais de construção para as obras de suas duas mansões (a de Teresina e a que construiu no litoral) e também para pagar o sítio que comprou no meio da mata à caminho de União. Todo o dinheiro dos mutuários era gasto pela ex diretora presidente em sua vida pessoal.